Home » Trilho Eco-Lobo – Estação G – Corte para o gado (7/16)
Nesta estação poderá encontrar um exemplo emblemático da arquitetura rural, os antigos estábulos de pedra, conhecidos também como cortes do gado, destinados a confinar e proteger os animais domésticos, em particular o gado bovino e pequenos ruminantes. Estas construções desempenhavam um papel essencial na economia e na vida diária das comunidades rurais.
Estas estruturas construídas em pedra local (neste caso, granito) eram usadas principalmente para abrigar o gado durante a noite, protegendo-os de predadores, como o lobo-ibérico, e das intempéries. No entanto, a sua função não se limitava apenas à proteção do gado. O andar inferior, onde os animais eram mantidos, fornecia uma fonte de calor natural para os habitantes que, frequentemente, residiam no andar superior. Este engenhoso arranjo aproveitava o calor corporal do gado para aquecer a habitação acima, uma solução prática e eficiente nos rigorosos invernos.
Desta forma, estas construções eram projetadas para serem multifuncionais. No piso inferior, as paredes grossas e a construção sólida ofereciam um abrigo seguro e isolado termicamente para o gado. No andar de cima, os espaços eram adaptados para viver, normalmente com quartos simples e uma área de cozinha, ou para depósito de alfaias agrícolas e feno.
Atualmente em desuso, o interior destas cortes do gado, possibilitam refúgio para várias espécies de flora e fauna, destacando-se o musgo luminoso (Schistostega pennata), que reflete a luz, dando a impressão de que brilha num verde fluorescente, acrescentando um toque mágico ao local.
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