Home » Trilho Eco-Lobo – Estação F – Fojo do Lobo I (6/16)
Nesta estação (assim como na estação M), o trilho cruza a parede de um “Fojo do lobo”, que através de um pequeno desvio de 100 metros, poderá aceder ao poço onde os lobos eram capturados. Os Fojos são construções ancestrais em pedra seca, destinadas a capturar lobos e que testemunham uma época em que os frequentes ataques de lobo aos rebanhos motivaram a população local a construir estes autênticos monumentos.
Este Fojo, da tipologia de paredes convergentes, é considerado um dos maiores exemplares da Península Ibérica, apresentando uma variante dupla com dois poços e paredes com cerca de 2km de comprimento e 2m de altura, de forma a abranger uma ampla área. Tem uma origem secular, que poderá situar-se na Idade Média, e foi utilizado até à década de 1930.
A construção dos muros em forma de “V”, permitia através de uma batida associada, que reunia centenas de populares, encaminhar os lobos para o seu interior e em direção aos poços previamente disfarçados com ramos de giesta. Para dificultar a fuga dos lobos, as paredes do Fojo são encimadas com cápeas ou pedra de coroa, que são lajes de pedra no topo dos muros projetadas para o interior do fojo. Ao longo das paredes do Fojo existem algumas passagens para trânsito diário de pessoas e animais, que eram encerradas na altura da batida.
Hoje, apesar da proteção do lobo-Ibérico e da proibição de batidas, estas imponentes edificações permanecem como importantes testemunhos da cultura agro-pastoril das comunidades de montanha e da sua estreita relação com o lobo.
Saber mais: Mapa do Percurso e Projeto Trilho Eco-Lobo