Home » Trilho Eco-Lobo – Estação E – Bosque Ripícola (5/16)
Nesta estação, é possível observar um bosque ripícola ou aluvial, ao longo de uma estreita linha de água, afluente da bacia hidrográfica do rio Vade. É dominado por árvores imponentes e seculares, como salgueiros (Salix atrocinerea), carvalhos-alvarinhos (Quercus robur) e freixos (Fraxinus excelsior), sendo o subcoberto enriquecido pela presença do falso-feto-macho (Dryopteris affinis) e de diversos arbustos.
A presença de salgueiros monumentais reflete que ao longo do tempo, apesar das atividades humanas e da limpeza de vegetação no atual corredor da linha de alta tensão, foi mantida a preservação destes exemplares seculares. Esta espécie é também importante para a medicina, uma vez que a casca e folhas do salgueiro são utilizadas na produção de ácido acetilsalicílico, o princípio ativo da aspirina. Tal reforça a necessidade de preservar a biodiversidade, não apenas pelo equilíbrio que proporciona aos ecossistemas, mas também pelo valor que tem para o ser humano.
Os bosques ripícolas são habitats florestais nativos que são cruciais para reduzir o risco de inundações e erosão ao longo das linhas de água, e que albergam um grande número de espécies de flora e fauna. Através de um olhar atento nesta área poderá detetar indícios de presença de mamíferos com atividade noturna, como sejam pegadas ou excrementos de coelho (Oryctolagus cunniculus), texugo (Meles meles), raposa (Vulpes vulpes), javali (Sus scrofa) e até mesmo de lobo (Canis lupus). É também possível observar aves, como a toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla) e anfíbios, como a rã-ibérica (Rana iberica) ou a rã-verde (Pelophylax perezi).
Saber mais: Mapa do Percurso e Projeto Trilho Eco-Lobo