Trilho Eco-Lobo – Estação P – Capela de Santa Luzia (16/16)

Nesta estação, encontra-se a capela de Santa Luzia, pequeno templo religioso em granito, construído no século XVII (1624). Desde a capela, avistamos o casario da aldeia de Bezeguimbra, e a ampla paisagem envolvente, dominada por terrenos agrícolas, lameiros para pastagem do gado, bosques de carvalhos e serras dominadas por matos.

A localização da capela à entrada da aldeia, serviria como conforto emocional para os habitantes e caminhantes vindos das agrestes serranias envolventes, de onde as comunidades locais tiravam sustento, mas que eram refúgio de animais temidos, como o lobo. Apesar dos animais mais fáceis de observar nesta estação serem essencialmente os domésticos, a coberto da noite e das florestas envolventes, vários carnívoros selvagens, como a raposa (Vulpes vulpes), a geneta (Genetta genetta), a fuinha (Martes foina) e até o lobo, podem por aqui movimentar-se, atraídos por alimento fácil de origem antrópica, como seja lixo, roedores, cães ou gado.

A ampla paisagem observada a partir do miradouro da capela, a qual transmite uma sensação de paz e tranquilidade, também pode permitir a observação de aves de rapina, como a águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) e o açor (Accipiter gentilis). Relativamente à flora, esta estação revela-se bastante diversa, com a presença de várias flores silvestres, apesar de com forte intervenção humana, como comprovam as hortas de subsistência existentes nas proximidades das habitações.

Saber mais: Mapa do Percurso e Projeto Trilho Eco-Lobo