Home » Trilho Eco-Lobo – Estação B – Carvalhal (2/16)
Nesta estação irá deparar-se com um exemplo notável da riqueza e preservação dos ecossistemas naturais: um carvalhal maduro, composto por várias espécies de flora nativas, e que é crucial para refúgio das presas naturais do lobo, como o corço (Capreolus capreolus) e o veado (Cervus elaphus).
Este habitat florestal bem conservado, um testemunho das antigas florestas que dominavam a região desde há séculos, tem como árvores dominantes o carvalho-alvarinho (Quercus robur) e o azevinho (Ilex aquifolium), este último com uma folhagem verde brilhante que contrasta com as bagas vermelhas que despontam no inverno. Alberga ainda outras espécies de árvores e arbustos nativos, como o loureiro (Laurus nobilis), a pereira-brava (Pyrus cordata) e a gilbardeira (Ruscus aculeatus), um arbusto perene com pequenas bagas vermelhas, que pode ser confundido com o azevinho.
Existe ainda a presença constante de fetos, musgos e líquenes, resultado do elevado ensombramento e humidade no solo, que caracteriza os carvalhais, tornando este bosque nativo naturalmente mais resistente a incêndios. Entre os líquenes, é de destacar as barbas-de-velho (Usnea sp.), que cobrem os troncos das árvores, e são bioindicadores da excelente qualidade do ar.
A necessidade de preservação destas florestas nativas é urgente, uma vez que atualmente apenas subsistem pequenos redutos, cada vez mais acossados por cortes rasos e proliferação de vegetação exótica e invasora. Estes habitats florestais albergam várias espécies de plantas e animais, muitas delas ameaçadas, e permitem fornecer condições de alimento e abrigo para as presas naturais do lobo, cujo fomento é importante para diminuir o risco de ataques de lobo ao gado.
Saber mais: Mapa do Percurso e Projeto Trilho Eco-Lobo