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25 de Abril – 50 anos 50 livros

Atualizado em 22/03/2024
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BIBLIOTECA MUNICIPAL DE VILA VERDE PROPÕE

25 de Abril – 50 anos 50 livros

As celebrações do aniversário do 25 de abril são sempre um momento muito especial no município de Vila Verde. Este ano, em que se assinalam os 50 anos do movimento dos capitães, que restaurou a democracia em Portugal, a Biblioteca Prof. Machado Vilela de Vila Verde propõe a leitura de 50 livros, para adultos e crianças, e que, na sua diversidade, acredita que proporcionarão bons momentos de leitura, reflexão, aprendizagem, informação e diversão sobre este momento tão importante da nossa História comum.

Celebrando a Democracia e a Liberdade de pensamento, a Biblioteca selecionou diferentes géneros, diferentes autores, diferentes olhares sobre o 25 de abril.

Assim sugere aos e às Vilaverdenses que celebrem também a diversidade de pensamento que tanto enriquece e estimula o desenvolvimento das nossas comunidades.

A primeira sugestão de leitura inicia hoje com o livro “O dia dos prodígios” de Lídia Joge e termina no dia “25 de Abril”, sendo que todos os dias serão divulgados nas redes sociais da Biblioteca Prof. Machado Vilela um livro diferente.

 

15.º livro, 21 de março
Título: O 25 de Abril contado às crianças… e aos outros (História)
Autores: texto José Jorge Letria; il. João Abel Manta
Edição: Clube do Autor, 2014
Sinopse: Todos os anos têm um mês de abril e todos os meses de abril têm o dia 25. Porém, o dia 25 de abril de 1974 foi um dia especial para os portugueses. Porquê? Porque o País e os seus habitantes voltaram a viver em liberdade, depois de quase 50 anos de tristeza e de silêncio.
Esta é a história que José Jorge Letria conta e João Abel Manta ilustra, tendo como destinatários os jovens que não viveram os acontecimentos e para quem o 25 de Abril é apenas uma memória distante de um tempo há muito passado.

 

14.º livro, 20 de março
Título. A Noite (Teatro)
Autor: José Saramago
Edição: Caminho, 1979
Sinopse: «Depois de ter feito jornais, escreveu sobre eles. Foi em “A Noite”, a primeira obra dramática de Saramago que o escritor dedica a Luzia Maria Martins, a pessoa que o “achou capaz de escrever uma peça”. Seria mesmo. A noite de que se fala nesta peça ficou para a história: de 24 para 25 de Abril. A acção passa-se na redacção de um jornal em Lisboa e autor avisa: “Qualquer semelhança com personagens da vida real e seus ditos e feitos é pura coincidência. Evidentemente.” Nem outra coisa seria de esperar. A ironia passa também pela história desta noite em que administradores e redactores entram em conflito. Uns a gritar que a máquina “há-de parar” e outros a defender que ela “há-de andar”. Quando o escreveu, Saramago já sabia que, para o bem e para o mal, a máquina tinha continuado a andar. “A Noite” chegou aos palcos em Maio de 1979 pelo Grupo de Teatro de Campolide. Com encenação de Joaquim Benite e direção musical de Carlos Paredes, a peça contava, entre outros, com a participação de António Assunção no papel do chefe de redação Abílio Valadares» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998).
A peça estará de novo em cena por todo o país a partir de 28 de março, desta vez encenada por Paulo Sousa Costa.

 

13.º livro, 19 de março
Título: Vinte e zinco (Romance)
Autor: Mia Couto
Edição: Caminho, 2014
Sinopse: “Vinte e cinco é para vocês que vivem em bairros de cimento. Para nós, negros pobres que vivemos na madeira e zinco, o nosso dia ainda está para vir.”
Assim fala Jessumina, a mulher que nos conduz por entre as malhas de um romance feito de outros olhares, outras formas de viver e sentir o 25 de Abril. Pela voz de mulheres de origem africana e portuguesa, vivemos os acontecimentos desde os dias anteriores à Revolução, numa perspetiva que também ajuda a compreender a condição feminina durante a vigência do Estado Novo e as transformações que a democracia e a liberdade trouxeram, a umas mais do que a outras.

 

12.º livro, 18 de março
Título: As fotos de Sebastião Salgado (Fotografia)
Autor: Sebastião Salgado
Edição: Revista Visão, 2004
Sinopse: Fotografias captadas pelo fotógrafo Sebastião Salgado nos anos de 1974 e 1975, durante o período de oito meses em que viveu em Portugal. Ao longo desses meses, Sebastião Salgado também se deslocou a Angola e Moçambique, onde fotografou o processo de descolonização. Da sua vivência na Lisboa dessa época, o fotógrafo “recorda ainda com saudade as bichas para o pão em que as pessoas discutiam tudo, ou as deslocações profissionais da sua mulher, Lélia, também repórter fotográfica, ao Palácio de Belém, confiando o filho pequeno aos soldados da GNR”.

 

11.º livro, 17 de março
Título: 25 de Abril, quinta-feira
Autor: Alfredo Cunha, Alexandre Farto/Vhils, Carlos de Matos Gomes, Adelino Gomes, Fernando Rosas
Edição: Tinta da China, 2024. Esta edição tem o apoio da Câmara Municipal de Vila Verde
O livro «25 de Abril, quinta-feira», com fotografias de Alfredo Cunha, integra um conjunto de gravuras do artista visual Alexandre Farto (Vhils) criadas a partir de fotografias emblemáticas da Guerra, do dia do golpe militar e dos anos quentes da Revolução.
Sinopse: A obra foi publicada com o apoio do Município de Vila Verde.
A capa da obra mostra-nos a intervenção de Vhils sobre a icónica fotografia de Salgueiro Maia, captada por Alfredo Cunha no palco dos acontecimentos. Esta imagem, juntamente com outras três igualmente interpretadas pelo artista plástico, é o ponto de partida para os três capítulos do livro: Da Guerra à Liberdade — com texto de Carlos Matos Gomes, militar de Abril; 25 de Abril de 1974, quinta-feira — com texto de Adelino Gomes, repórter que acompanhou os acontecimentos; e Depois de Abril — com texto de Fernando Rosas, historiador e protagonista dos anos quentes de 1974-1975.
Se as fotografias são sublimes, o prefácio de Luís Pedro Nunes e os textos dos três autores convidados não lhes ficam atrás. Com este livro conseguimos viver o dia da Revolução, mas também compreender o antes e o depois. Imperdível.
10.º livro, 16 de março
Título: 25 de Abrir: o Abril que nos fez (Conto infanto-juvenil)
Autor: Alexandre Honrado
Edição: Verbo, 2014
Sinopse: “Memórias são coisas que ficam do tempo que passa. Coisas que recordamos. Há muitos anos, um dia cheio de vontade de mudar as nossas vidas ficou para vir a ser uma memória. A tua memória. A memória de todos nós. Falo do 25 de Abril do ano de 1974. Foi há muitos anos, mas o que aconteceu continua a ser tão importante, que vale a pena ir à História para contar esta história. Foi o dia de uma Revolução. Mas uma revolução em que as flores foram mais fortes que toda a força do Mundo. Sem este dia não podíamos viver a Liberdade. Nem gritar Viva a Liberdade. Foi um dia de abrir novas memórias.”

9.º livro, 15 de março
TÍTULO: Que fazer contigo, pá? (romance)
Autor: Carlos Vale Ferraz
Edição: Porto Editora, 2019

Sinopse: “Que fazer contigo, pá? é uma história da História: a de Rúben, nome de código de um indistinto major de artilharia que veio a ser comandante da operação que pôs fim à longa ditadura portuguesa. Um homem que a mãe, descendente de D. António, Prior do Crato, considerou estar destinado a desempenhar o papel de um Salvador da Pátria, redimindo, a talhe de foice, o nome e os feitos do seu antepassado. Herói do 25 de Abril, derrotado do 25 de Novembro, Rúben envolver-se-á nas ações violentas que se seguiram à contrarrevolução. Por fim, abandonará os camaradas de luta para se exilar em Paris, deixando-os entregues à sua sorte. Na capital francesa encontrará um duplo, o Outro, com quem todos o confundem. O confronto é fatal: um dos homens morre, e o sobrevivente regressa à pátria para reconstituir o seu passado. No entanto, nem os antigos camaradas, nem os inimigos de sempre sabem o que fazer dele…” (da sinopse)
Carlos Vale Ferraz é o pseudónimo literário de Carlos de Matos Gomes, coronel jubilado do exército português e um dos militares que estiveram na frente das acções do dia 25 de abril de 1974. É também o autor do capítulo sobre a guerra colonial do livro “25 de abril de 1974, quinta-feira”, que apresentaremos nesta biblioteca no próximo domingo, às 18h00.

 

8.ºLivro, 14 de março
Título: Era uma vez um cravo (Poesia)
Autores: texto José Jorge Letria, il. André Letria
EDIÇÃO: CM LISBOA, 1999
Sinopse: Um belo livro de poemas que as crianças gostarão de ler e ouvir.
“Era uma vez um cravo
nascido no mês mais puro
com pétalas de esperança
e perfume de futuro”.

7.º livro, 13 de março
Título: Dona Pura e os camaradas do 25 de Abril (Romance)
Autor: Germano de Almeida
Edição: Caminho, 2018

Sinopse: Não sabemos o seu nome: apenas que é um jovem cabo-verdiano, estudante de Direito na Universidade de Lisboa, para onde veio com uma bolsa da Gulbenkian, e que é o próprio que narra esta deliciosa história. Pois na madrugada de 24 para 25 de Abril, o nosso jovem está muito arreliado, a pensar na perspectiva de ter que ir a pé até à Cidade Universitária, uma vez que perdera o dinheiro da bolsa na noite anterior, num jogo de cartas com o primo Natal. Vai entretecendo maneiras de se vingar do malandro do primo, quando Dona Pura, a dona da pensão onde se instalara, lhe bate à porta do quarto, perguntando se tem o rádio ligado.
Ligado o rádio, confirma a informação de Dona Pura, de que só passa música militar, sentindo crescer em si a ansiedade. Será um golpe? De quem? Falhado o 16 de Março, ainda seria possível derrubar Marcelo e Tomás, acabar com a ditadura? “(…) Eis que de repente soam ao longe os passos arrastados e cadenciados, depois pesados mas decididos, da Grândola, Vila Morena.” E, em seguida, o comunicado das Forças Armadas. Mal contendo a excitação, sai de casa. Ouve dizer que há grande confusão de tropas na Praça do Comércio, que “alguns ministros já estão presos, outros fugiram por um buraco aberto numa parede…”. Mas nas ruas por onde deambula não se passa nada. Pelo contrário, subindo a rua da Faculdade de Ciências, atravessando o Príncipe Real, “andando à toa, sempre na esperança de encontrar alguma coisa que indique estar uma revolução em marcha”, o que lhe aparece são ruas desertas, “esvaziadas de gente”.
Chegará o nosso herói a encontrar a revolução, como tanto deseja?

 

Livro 6, 12 de março
Título: A guerra dos cartazes (História documental)
Autores: José Gualberto de Almeida Freitas e José Manuel Lopes Cordeiro.
Edição: Lembrabril, 2009

Sinopse: Esta obra ilustra a explosão de organizações políticas, estudantis, sindicais, culturais, etc., que se seguiu à revolução, e que se traduziu numa extraordinária produção de material gráfico que cobriu as ruas e praças de todo o país. Através dos cartazes aqui reproduzidos, somos testemunhas da profusão de movimentos, de esquerda e de direita, uns nascidos antes, outros depois do 25 de Abril: ao transformarem a paisagem antes monótona do espaço público, estes cartazes exprimem uma nova forma de respirar de um povo que, por tantos anos, fora privado de liberdade.

 

5º Livro, 11 de março
Título: Capitãs de Abril (Reportagem)
Autora: Ana Sofia Fonseca
Edição: A Esfera dos Livros, 2014

Sinopse: Não existiria revolução sem os capitães. E como foi vivida a revolução pelas mulheres dos protagonistas? Na sombra, elas também prepararam a revolução:
“Dina Carvalho foi à guerra, soldado sem bala, com os três filhos à mercê de bombardeamentos. Ateou o mais que pôde o movimento dos capitães. Depois, ajudou Otelo a preparar o plano de operações – ela a tricotar no carro para ele tirar as medidas ao forte de Caxias. Natércia Salgueiro Maia passou a noite de 24 de Abril colada ao rádio. Tantas tardes, ela e Fernando a trautearem Zeca Afonso, e agora a canção como ordem na parada. Pela janela, viu a coluna deixar Santarém. Teresa Alves tremeu a madrugada inteira, não havia cobertores capazes de calarem o frio. A ironia da vida congelava-lhe as entranhas, era filha do Chefe de Estado-Maior da Armada e mulher de um dos líderes do movimento. Aura Costa Martins passou a noite no Mini do namorado, os dois às voltas pela cidade, granadas e uma metralhadora no banco de trás. Gabriela Melo Antunes, menina da fina-flor açoriana, andava nos escritos da PIDE, por comungar «dos ideais» do marido era suspeita. Esta é também a história da única mulher que leu um comunicado do MFA e da mulher que, sem saber, deu nome à revolução, com os seus cravos nos canos das armas.”

 

4.º livro, 10 de março
Fado Alexandrino (Romance)  
Autor: António Lobo Antunes
Edição: Dom Quixote, 1987

Sinopse: É o grande romance sobre o 25 de Abril. Narra o regresso e reencontro de quatro ex-combatentes da guerra colonial, o modo como a vida se lhes transtornou e se destruiu. A história prende a atenção pela narrativa articulada, por vezes irresistivelmente divertida, em que personagens e caracteres convincentes, bem desenhados, vivem uma intriga de acontecimentos múltiplos e surpreendentes peripécias de timbre trágico e cómico, do quotidiano banal ao sucesso mais insólito.

 

3.º livro, 9 de março 
Título: 25 de Abril: Roteiro da Revolução (História)
Autores: José Mateus, Raquel Varela e Susana Gaudêncio
Edição: Parsifal, 2017

Sinopse: Terminou no dia 25 de abril de 1974 a ditadura do Estado Novo. Um grupo de oficiais das Forças Armadas pegou em armas e depôs um regime há muito decadente. Contra os vários apelos do MFA para que as pessoas ficassem em casa, tem início um processo que ficará conhecido como Revolução dos Cravos.
Nesta obra, o leitor pode seguir todos os passos da revolução, do Quartel da Pontinha, onde estava o Comando das Forças Armadas, ao Quartel-General da Região Militar do Norte.

 

2.º livro, 8 de março 
Título: O Tesouro (Conto infantil) 
Autor: Manuel António Pina
Edição: Associação 25 de Abril, 1993

Sinopse: “Há muitos anos, no tempo em que o teu pai, andava na escola, num país muito distante, vivia um povo infeliz e solitário, vergado sob o peso de uma misteriosa tristeza…” Assim começa esta maravilhosa história sobre o 25 de Abril e a descoberta de que o tesouro há muito perdido e que o 25 de Abril recuperara era afinal a Liberdade.

 

1.º livro, 7 de março
Título: O dia dos prodígios
Autora: Lídia Jorge
Edição: Dom Quixote, 2010

Sinopse: “O Dia dos Prodígios”, primeiro livro da aclamada e multipremiada escritora Lídia Jorge, ocupa um lugar especial na ficção sobre o 25 de Abril. Conta-nos a história da coincidência da misteriosa morte de uma cobra numa pequena localidade com a revolução – a comunidade, incapaz de reconhecer a realidade política, adapta a chegada de soldados com cravos nos canos das armas ao seu mundo imaginário mágico-mítico. A leitura desta obra é encantatória e leva-nos a sonhar e imaginar que, em quaisquer condições, um mundo melhor é sempre possível.