“IMPÉRIO DO MEDO” Exposição sobre a escravatura e o tráfico negreiro na Biblioteca Municipal Prof. Machado Vilela
Atualizado em 04/02/2022A grande exposição “Império do Medo”, sobre a escravatura e o tráfico negreiro vai ser inaugurada amanhã, dia 5 de Novembro, às 11h30, na Biblioteca Municipal Prof. Machado Vilela.
Criada para o Fólio, festival literário de Óbidos, a exposição inicia em Vila Verde um périplo por alguns concelhos do Cávado, antes de regressar a Lisboa, onde será mostrada na Fundação José Saramago.
O ato inaugural contará com a presença da Presidente da Câmara Municipal, Júlia Fernandes, e do Vereador da Educação e Ação Social, Manuel Lopes e será acompanhado por uma intervenção do VerdEmCena, clube de teatro da Escola Secundária de Vila Verde e . Antes da inauguração, às 10h30, haverá ocasião para uma palestra de Isabel do Carmo sobre o genoma humano, intitulada “Qual é a minha raça?”.
A exposição Império do Medo poderá ser visitada até 3 de Dezembro, de Segunda a Sexta, entre as 9h30 e as 13h00 e entre as 14h30 e as 18h30. Poderão ser marcadas visitas guiadas aos Sábados através do telefone 253 323 600 ou do e-mail biblioteca@cm-vilaverde.pt
Sobre a exposição, explicam os curadores:
“Os registos para que a memória não se apague são determinantes no reforço dos factos e da história.
Os paradigmas que hoje vivemos exigem reflexão, pelo que esta exposição ganha oportunidade, dando um contributo sobre factos e circunstâncias: a ESCRAVATURA e o percurso na sua abolição em Portugal e no mundo.
Passados mais de 150 anos sobre a abolição em Portugal, esta exposição invoca a escravatura, rememorando o tráfico negreiro, a sua violência e circunstâncias, mas também a luta porfiada das vítimas e de quantos se lhe opunham. Verdadeiro império do medo, a escravatura causou a deportação para as Américas de cerca de 12,5 milhões de africanos.
Na sequência da escravatura, seguiram-se anos de colonialismo, descriminação ou segregação, que deixaram um rastro de racismo estrutural nos países que foram potências escravocratas e/ou colonizadoras.
Mas não esquecemos também as novas servidões do nosso tempo e as diferentes manifestações de racismo.”
Município de Vila Verde, 04.11.2021