Alexandra Rafael venceu a 9ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde
Atualizado em 03/07/2016Artista de Coimbra destacou-se entre quase meia centena de obras de artistas nacionais e internacionais
A arte marcou a agenda cultural de Vila Verde e de toda a região, com a apresentação ao público das 45 obras que integram a 9ª Bienal de Arte Jovem de Vila Verde, que decorreu ao final da tarde de ontem (02 de julho). O coração do Minho palpitou mais forte com autêntica uma lufada de ar fresco, criatividade e inovação. A iniciativa contribui para elevar a cultura e promover o desenvolvimento de jovens artistas (sub-35) e, em simultâneo, permite à população contactar com diversas formas artísticas inovadoras e modernas, aumentando o número motivos de interesse para vilaverdenses e visitante, contribuindo diretamente para a promoção e desenvolvimento do território.
A jovem artista Alexandra Rafael, de Coimbra, conquistou o Grande Prémio da 9ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, com a sua instalação ‘Recolhas’. O segundo prémio foi para Filipe Cortez, com o trabalho ‘Collection’. Destaque também para dois primeiros lugares, em ex aequo, no Prémio Jovem Revelação. O júri premiou as obras ‘Nem Preto, Nem Branco’, da Escola Secundária de Vila Verde, e ‘Poéticas de Luz’, da Escola Monsenhor Elísio de Araújo. Nota de destaque ainda para as 4 Menções Honrosas, atribuídas às obras ‘Migrante’, de Alexandre Carvalho, ‘Ubicácion Água’, de Omar SM, ’10 Chifres’, de Bessa Oliveira, e ‘Dissecação’, de Joana Couto.
Jovens criadores voltaram a surpreender pela positiva
A sessão de abertura começou com performances de guitarra e violino protagonizadas por jovens vilaverdenses, que abrilhantaram o momento e enfatizaram o ambiente de cultura que se respirava na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, em pleno centro da sede de concelho, e deram o mote para a tão ansiada visita à exposição. Presente na cerimónia, a vereadora da Cultura do Município de Vila Verde, Júlia Fernandes, não escondeu o regozijo pelo sucesso crescente da iniciativa. “A cada edição a genialidade artística é ainda mais surpreendente que na anterior. Isto só tem sido possível porque os jovens acreditam nas suas potencialidades e se dedicam de corpo e alma à criação de trabalhos verdadeiramente deslumbrantes, mostrando que não há limites para a criatividade e para a imaginação”, afirmou.
Fomentar a arte, a cultura, o turismo e a educação
Com o pelouro da Educação também sob a sua tutela, Júlia Fernandes não hesita em apontar os benefícios da Bienal na formação dos mais jovens. “Inserida nesta iniciativa, a Bienal na Escola tem surpreendido pela excelência dos trabalhos a concurso e pelo talento dos alunos dos estabelecimentos de ensino do concelho”, vincou, acrescentando que “a arte tem um papel insubstituível no desenvolvimento da cultura do concelho e representa um dos pilares estruturantes na construção de um território atrativo, que se quer afirmar também pelas suas dinâmicas culturas, pela valorização do potencial humano e pelo desafios e oportunidades que é capaz de gerar para o crescimento sustentado de múltiplas manifestações culturais e artísticas”.
“É uma satisfação pertencer ao mundo da arte”
Por sua vez, o Diretor Artístico e Presidente do Júri, o artista pradense Luís Coquenão, fez questão de sublinhar que apesar de haver de facto prémios e artistas destacados, já que incorpora um concurso, o espírito da BIAAJVV extrapola o âmbito do tangível e material. “É com muito gosto que estou nesta posição, mas estou aqui também como artista. Há prémios e vamos destacar alguém, mas como organizador penso que o lugar que cada artista e encontrou nesta exposição é um espaço no mundo a arte. Para mim é uma satisfação pertencer ao mundo da arte e penso que é também com este espírito que se desenvolve esta bienal”, referiu.
“Não tenho dúvidas que Vila Verde se vai afirmar na rede das cidades criativas”
O presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude deixou rasgados elogios ao trabalho desenvolvido, “tem-se vindo a constituir um ecossistema que considero fundamental em qualquer política de desenvolvimento local que reforça a atratividade do exterior”. Manuel Barros prosseguiu enfatizando o papel da Bienal vilaverdense no panorama da cultura nacional. “Hoje os próprios artistas reivindicam a existência desta bienal. O Município de Vila Verde estabeleceu um convénio com a bienal de Cerveira. Lá é para os seniores e esta é das esperanças, mais vocacionada para os jovens”, frisou, acrescentando que “Vila Verde tem apostado na criação de marcas fortes e esta é uma das mais importantes”. O presidente do IPDJ concluiu frisando que “com esta marca forte não tenho dúvidas que Vila Verde se vai afirmar na rede das cidades criativas, que está em evolução”.