Home » Trilho Eco-Lobo – Estação D – Giestal (4/16)
Nesta estação (assim como na estação L) irá deparar-se com um extenso e denso matagal dominado por giestas (Genista sp. e Cytisus sp.), situado numa área de terrenos baldios comunitários.
As giestas são espécies da família das leguminosas, amplamente distribuídas e capazes de prosperar em solos pobres e ácidos, principalmente em áreas que frequentemente são alvo de incêndios. Nesta área, apresentam um porte invulgarmente elevado, atingindo, por vezes, cerca de três metros de altura.
Ao contrário do carvalhal observado na estação anterior (Estação C), os giestais apresentam uma biodiversidade mais pobre, uma vez que a monotonia vegetal dominada pelas giestas limita a disponibilidade de alimento e de luz. Ainda assim, os matagais densos de giesta proporcionam um importante refúgio para o lobo e para outras espécies que encontram abrigo nestas áreas de densa vegetação. Porém, a acumulação de uma elevada biomassa vegetal representa um elevado risco de incêndio, devido à sua fácil inflamabilidade.
Após um incêndio, a giesta assume um papel essencial como espécie colonizadora, permitindo uma rápida regeneração das áreas ardidas e ajudando a minimizar a erosão do solo e os efeitos das temperaturas extremas. Contudo, ao formar povoamentos muito densos, pode dificultar o crescimento de outras espécies vegetais, perpetuando assim o domínio do giestal na paisagem.
Historicamente, os ramos da giesta eram amplamente utilizados, como por exemplo para lenha ou construção de utensílios, como vassouras, sendo um importante testemunho da dependência e utilização dos recursos naturais, por parte das comunidades locais.
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