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“A designação «louças de Prado», essa, não se apagou com a mesma facilidade com que se extinguiu o concelho. (…) Várias décadas depois da reforma administrativa, ainda as louças aqui produzidas eram chamadas «de Prado».”
Eugénio Lapa Carneiro
em As Olarias de Prado, 2ª Ed., 1966
O Centro Interpretativo do Artesanato em Cerâmica dedica-se à preservação, estudo, divulgação e valorização das tradições associadas à produção cerâmica na região e ao património material e imaterial que lhe está associado.
Localiza-se no edifício onde terão funcionado os antigos Paços do Concelho de Prado, no núcleo urbano mais antigo da vila e centro de uma tradição olárica que, durante séculos, marcou a economia da região. De construção provável no séc. XVII, possui na fachada pedra de armas da família Loureiro atribuída a um nobre partidário de Filipe II. A 15 de abril de 1846, no contexto da Revolta da Maria da Fonte, o edifício é assaltado por populares que destroem o arquivo da Câmara. O concelho de Prado vem a ser extinto em 1855 aquando da criação do concelho de Vila Verde. O edifício veio a ser habitação do ilustre escritor Dom João de Castro, que aqui viveu as últimas décadas da sua vida. Foi ainda sede da Sociedade Columbófila de Prado e jardim de infância.
O Centro Interpretativo do Artesanato em Cerâmica pretende dar ao visitante a oportunidade de conhecer as tradicionais “Loiças de Prado” e as caraterísticas mais marcantes da produção cerâmica local, convidando-o depois a meter as mãos no barro e trabalhá-lo na roda do oleiro. Possui um ateliê para visitantes e artesãos e espaços para a dinamização de atividades. Um espaço de memória, dedicado ao conhecimento, à criatividade e à fruição cultural.